quinta-feira, 29 de abril de 2010

O que importa são as perguntas

Ontem (28/4/2010) assisti a um intrigante espetáculo do grupo SeisAcessos, intitulado Trânsito Livre. A peça é montada a partir de uma interação com o público, que escolhe a trilha sonora e compartilha várias perguntas, formuladas em pequenos pedaços de papel no início do espetáculo. Dentre vários questionamentos, que ficam pendurados no palco, são escolhidos três, que dão a tônica do evento.

O que mais me chamou a atenção, porém, não foi a interatividade, improvisação e as interfaces entre teatro e dança - certamente um ponto forte do grupo -, mas o foco nas perguntas e na nossa incapacidade de respondê-las.

Na ocasião, coincidentemente ou não (preciso conversar com o grupo para ter esta certeza! rs), foram selecionadas as seguintes perguntas: Por quê estou só?; Por quê as pessoas que gosto moram tão longe?; Por quê as pessoas tem que morar longe?. Disso advém uma apresentação que em alguns momentos faz rir e em outros nos deixa angustiados, já que toca em angústias próprias da humanidade. Mesmo sem a força dramática que tais temas insinuam, o grupo aposta na improvisação para chegar a seguinte conclusão: o que importam são mesmo as perguntas!

Pra mim, o mais fascinante foi ter uma pergunta formulada por mim selecionada!

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