sábado, 22 de janeiro de 2011

Uma forma de ajudar as vítimas das chuvas no RJ

Nós brasileiros passamos as últimas semanas convivendo com o noticiário sobre a catástrofe causada pelas enchentes no Rio de Janeiro. Como nos é próprio, também, várias pessoas se mobilizaram em colaborar e, num espírito solidário, estão enviando todo tipo de ajuda financeira, comida, roupas e outras do gênero...

Mas, me chamou a atenção o comentário de um companheiro jornalista numa das listas de discussão que participo. Sabiamente ele sugere que uma das formas mais efetivas de ajudar, certamente, é pensar na política de habitação do País, que é mantida com recursos dos trabalhadores. O FGTS é o principal financiador habitacional. Ou seja, cada trabalhador que se submete a trabalhar sem carteira assinada está deixando de contribuir para que haja financiamento da Caixa para habitação.

Eis ai uma forma de ajudar e mais um motivo para reivindicar a regularização da situação trabalhista.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ano tecnológico

Como ainda estamos em janeiro e felicitando os amigos pelo ano novo, gostaria de compartilhar um texto do Juremir Machado que achei muito interessante e que dá o tom de como a tecnologia tem impactado a nossa vida.

O texto foi publicado no Correio do Povo no dia 27 de dezembro, mas é bem atual. Vale a pena a leitura. E, aproveitando, Feliz 2011 a tod@s.


Ano tecnológico

- Crédito: ARTE PEDRO LOBO

Crédito: ARTE PEDRO LOBO
Pode-se medir o avanço pessoal ao final de um ano pelo progresso espiritual ou pelo crescimento tecnológico. Faça o teste. Votou em Julian Assange ou em Mark Zuckerberg para homem de 2010? Em nenhum deles? Nem sequer conhece esses nomes? Se votou em Assange, está sintonizado com os leitores da Time. Se escolheu, Zuckerberg, está em sintonia com a própria Time. Se não os conhece, está fora do mundo. Tecnológico. Está no Facebook ou no Orkut? Se prefere o primeiro, está navegando na onda atual, seguindo a tendência. Se prefere o segundo, está com a maioria dos brasileiros internautas. Os adoradores do Facebook depreciam o Orkut dizendo que é rede social de pobre, rede de brasileiro.

Sabe a diferença entre mídias sociais e redes sociais? Entende de mídias locativas? Acaba de perguntar que troço é esse? Tem Twitter? Nunca foi retuitado? Recém chegou ao e-mail? Sente saudades do fax? Sabe a diferença entre iPade iPod? Possui os dois? Foi um dos primeiros a adquirir um iPhone 4? Conhece Flickr, Badoo, Quepasa, Mmyspace e Hi5? Se conhece todos esses, você é: a) um ser tecnológico por excelência, b) uma pessoa do presente e do futuro, c) um fanático por tecnologias sem nada para fazer na vida, d) um adolescente que certamente perdeu o ano escolar, e) um tio à procura de namorada. Se nunca usou nenhum deles, você é: a) uma pessoa muito ocupada, b) um alienado tecnológico, c) um dinossauro, d) um pai de família com várias pensões a pagar, e) um excluído.

A tecnologia é um sistema de hierarquia social. Ela divide os homens atualmente em dois grupos: os que fazem download e o que nem imaginam o que significa esse palavrão. Conta-se que uma avó muita severa mandou o neto lavar a boca com sabão ao ouvi-lo pronunciar, diante das visitas, a expressão "inclusão tecnológica". Em 2010, você se comportou como jovem ou velho, "tecnossauro" ou "tecno-rosa"? Se preferiu ver o último filme de Woody Allen e deixou de lado a rede social, você pode ser classificado como: a) um sujeito de bom gosto, b) um conhecedor de cinema, c) um nostálgico, d) um cara que gosta de ver todo ano o mesmo filme, e) um afetado. Há situações mais graves. Um exemplo. Sábado à noite, prefere ir ao cinema ou fica em casa para ver a novela? Depois do cinema, come pizza ou sonha com a sua cama?

Para saber qual a sua idade tecnológica, que pode ser inversamente proporcional à sua idade biológica, o teste mais simples é este: quando lhe falam de Internet, qual a sua resposta: a) as crianças é que entendem disso, b) já consigo mandar um e-mail, c) tenho mais o que fazer, d) estou namorando virtualmente, d) quem tem Orkut tem medo, e) não vivo sem meu laptop. Quem marcou a letra "a" anda pelos 70 anos, letra "b", 80 anos, letra "c", 90 anos, "d", 15 anos, "e", abaixo de 20 e acima de 80. Por fim, último teste. Na hora de fazer pedidos ao Papai Noel, mandou sua cartinha pelo correio ou por e-mail? Ou preferiu o Twitter? Tudo isso é inquietante. Não sei que conclusões tirar. Vi Woody Allen em "A Rede Social". Vi a novela e comi pizza. Sonhei com minha cama e ronquei.

Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br


Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=116&Numero=87&Caderno=0&Noticia=238705

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Se Einstein não poderia estar no topo, há algo errado

"Se Einstein não poderia estar no topo, há algo errado", a frase é de Miguel Nicolelis, um dos pesquisadores mais respeitados e influentes da Ciência Brasileira. Em entrevista ao Estadão, ele afirma isso e faz uma comparação para chegar a conclusão que se a referência da Ciência - Einsten - não poderia ser considerado um pesquisador de alto nível no Brasil, algo está errado.

Além dessa crítica à burocrática Ciência brasileira, a entrevista de Nicholelis, aborda bastante o que as interfaces cérebro-máquina devem proporcionar no futuro. Vale a pena ler a entrevista.

''Integração entre cérebro e máquinas vai influenciar evolução''

Para Nicolelis, corpo não vai mais limitar ação da mente sobre o mundo. Pesquisador também comenta os desafios impostos à ciência no País pela burocracia e desorganização