terça-feira, 29 de junho de 2010

Inadimissível: Em São Carlos, faixa tem slogan preconceituoso contra Parada do Orgulho LGBT



Faixas na Marginal atacam PT e Parada Gay em São Carlos

Segunda-Feira, 28 de junho de 2010


Duas faixas envergonharam a população de São Carlos nesta segunda-feira, 28 de junho. As faixas atacavam o PT, que administra a cidade e a parada Gay que está marcada para acontecer no município no próximo dia 4 de julho. As faixas que estão colocadas num ponto de ônibus na avenida Marginal na região do Uniãoserve e em frente à entrada da USP na mesma rua tem os seguintes dizeres: “Passeata gay em SC (São Carlos) vc oPTou?” O detalhe da faixa é que o oPTou destaca as letras P e T justamente as que formam a sigla do partido e fazem alusão a um slogan famoso do PT: “oPTei”. As faixas não estão assinadas. Data A ONG Visibilidade LGBT e a Prefeitura de São Carlos realizarão no dia 4 de julho a segunda edição da Parada do Orgulho LGBT de São Carlos, que terá como tema “Nossa luta é por direitos, Nossa bandeira é a do respeito”. O ato começara às 13 horas, na Praça Coronel Salles e seguirá pela avenida São Carlos até a avenida Trabalhador São-Carlense, onde haverá shows de Drag Queens, Bandas e DJs.



quarta-feira, 23 de junho de 2010

Resenha: Tudo é projeto!

CONSTRUINDO Resultados com Gerenciamento de Projetos: Entrevista com Ricardo Vargas. Direção Geral: Rodrigo Zazá. Produção: Ateliê Digital. Distribuição: Revista Mundo PM. 1 vídeo (19:36 min), digital, color. Disponível em: http://www.ricardo-vargas.com/pt/videos/. Acesso em: 30 mai. 2010.



por Rodrigo Botelho*

Quanto custaria prever o atentado de 11 de setembro que ocorreu nos Estados Unidos? Essa é uma das intrigantes perguntas que motivam a entrevista dada por Ricardo Vargas ao Senac e Microsoft sobre Gerenciamento de Projetos (GP). Além dos riscos envolvidos em qualquer projeto, ele aborda também uma série de outros assuntos, como o crescimento da área, segredos, palavras de ordem, escopo, recursos humanos, liderança, poder, ética e gerenciamento de portfólio, além, é claro, de falar sobre o cenário do GP no Brasil.

A biografia do entrevistado é extensa e o qualifica como uma das autoridades em Gerenciamento de Projetos no Brasil. Para entender essa afirmação, imagine alguém que, nos últimos 15 anos acumulou um portfólio de 18 milhões de dólares em mais de 80 projetos de grande porte, em vários países, nas áreas de petróleo, energia, infraestrutura, telecomunicações, informática e finanças.

Mas como um engenheiro químico e mestre em Engenharia de Produção formado pela UFMG conquistou tal espaço e visibilidade no cenário da administração de projetos? Em sua entrevista ao Senac e à Microsoft, Ricardo Vargas credita à capacidade de liderar pessoas o sucesso de qualquer projeto. Isso, segundo ele, está envolvido com habilidades que não são técnicas e que falta à formação de muitos administradores da área de exatas que chegam a altos postos nas empresas. Saber administrar o poder, fazer alianças, comunicar-se claramente e ser justo são, na visão do especialista, características fundamentais a um bom líder.

Aliás, as questões que envolvem poder e ética são abordadas por Ricardo Vargas na entrevista com destaque. Neste sentido, duas afirmações chamam muito a atenção. Ao falar sobre poder e ética ele aponta que o primeiro é amoral, não imoral, e que a falta do segundo é imoral e deve ser considerada como uma palavra de ordem na gestão de projetos. Outras palavras de ordem também ganham destaque na entrevista. Uma delas é escopo.

“O escopo é tudo”, afirma Vargas ao buscar exemplificar a importância do administrador saber identificar o que exatamente se pretende fazer, onde está, onde quer chegar. Para ele, um dos problemas, neste sentido, é a falta de sintonia entre quem projeta o escopo e quem realiza o escopo do projeto.

Durante toda sua entrevista, Vargas busca abordar o GP no contexto de seu país. Ao falar sobre o Brasil, de certa forma ele critica uma postura de parte do empresariado que nunca tem tempo de planejar e associa isso à disponibilidade de “dinheiro para refazer”. Porém, o foco de sua abordagem nacionalista esta mesmo na mão-de-obra brasileira que, segundo ele, é fácil de motivar. Ao nos chamar de heróis e constatar que o Brasil é um país em construção, Vargas valoriza a cultura nacional e ao espírito de solidariedade fatores importantes que tornam o brasileiro um povo capaz de construir muito mais com muito menos.

Como podemos notar, a entrevista de Ricardo Vargas aborda aspectos bem gerais do Gerenciamento de Projetos. Aliás, sua entrevista pode ser assimilada facilmente tanto por gerentes de grandes projetos que já dominam técnicas do Project Management Institute (PMI), por exemplo, como também por pequenos empresários que buscam entender melhor como administrar seus negócios. Nesse sentido, a intenção de Vargas parece ser a de chamar a atenção dos ouvintes para o entendimento de que “tudo é projeto” e que o Gerenciamento de Projetos não nasceu ontem. Quem envereda por este caminho de planejar e estar à frente, segundo ele, naturalmente corre mais risco. Porém, este é o preço do sucesso.

Esta e várias outras entrevistas com Ricardo Vargas podem ser conferidas em seu site pessoal. Nele também há outras informações sobre a carreira do especialista, artigos, slides, fotos, sites de referência e uma central para downloads. O endereço para acesso é http://www.ricardo-vargas.com.



* Rodrigo Eduardo Botelho Francisco é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, jornalista, especialista em computação e, atualmente, também Diretor de Comunicação Social da Universidade Federal de São Carlos.

** Resenha elaborada para a disciplina Gerenciamento de Projetos, coordenada pelo professor Miguel Bueno no curso de Especialização em Gestão Pública da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).