quinta-feira, 15 de setembro de 2011

No último mês tive a satisfação de ter publicado meu primeiro artigo em periódico científico. Trata-se de um paper com reflexões sobre a atuação inovativa da UFSCar em comunicação, principalmente a partir do desenvolvimento do Sistema de Apoio à Comunicação Integrada (SACI), software livre de autoria minha e de outros amigos, criado em 2004 e com registro no INPI. O artigo foi publicado na edição 22 da Revista Comunicação & Inovação.


Inovação e Gestão do Conhecimento em Comunicação na UFSCar

Rodrigo Eduardo Botelho Francisco

Resumo


Este artigo aborda o processo de inovação e gestão do conhecimento na área de Comunicação da UFSCar, reconhecida atualmente pela utilização e desenvolvimento de softwares livres, formação de rede e compartilhamento de soluções e conteúdo. Este processo, por sua vez, não se deu de forma articulada e num mesmo contexto. As propostas surgiram em diferentes momentos e foram articuladas por diferentes atores. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar se, mesmo sem um planejamento e estratégias propositais de inovação, as iniciativas podem ser enquadradas em modelos avaliativos de inovação.
Texto completo: PDF

sábado, 10 de setembro de 2011

Depois de um tempo longe das "salas de aula", tenho o prazer de hoje iniciar uma disciplina no curso de Especialização em Jornalismo Multimídia da Unimep, em Piracicaba. Neste caso, vou abordar a Concepção de Produtos Jornalísticos para Web. Aproveito aqui para já disponibilizar, para os colegas, a apresentação que usarei como guia no encontro de hoje.



Antes de terminar este post, porém, lembro minhas concepções acerca da tarefa de ensinar. Aliás, não acredito nela. Acredito sim na construção colaborativa do conhecimento, no aprender a aprender e na interação entre colegas que, juntos, buscam respostas para questionamentos importantes para uma carreira profissional. Sendo assim, não sou professor, sou apenas um amigo que compartilha experiências, leituras e impressões acerca de um tema.

sábado, 18 de junho de 2011

queria tanto lhe falar
tanta coisa pra dizer
quanto sonho pra compartilhar
ah, como é difícil amar

domingo, 5 de junho de 2011

"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."

Fernando Pessoa

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Idealizações

Prefiro contar com a imperfeição do que existe do que idealizar algo perfeito que não é capaz de sustentar sua existência.

domingo, 17 de abril de 2011

Conflitos da ausência

Tarde de domingo, resolvo almoçar num restaurante oriental que frequento costumeiramente com a esperança de ninguém notar que estou sozinho ou nem encontrar algum conhecido. Resolvi ir bem tarde. Vã ilusão. Logo na porta encontro uma amiga que me olha e diz que estou abatido. Na saída, o caixa me pergunta: "está abandonado hoje?"

Saio sem norte. Paro na banca de jornais, compro uma revista. A leio na praça, largado no banco de concreto como se nada mais acontecesse ao meu redor. Mas o local é familiar. Crianças, seus pais, os comerciantes que vendem artesanato e os que passam não conseguem entender a cena de alguém solitário numa praça do interior lendo uma revista.

Ao shopping, ao cinema. O único filme é uma porcaria, mas "é que tem pra hoje".

Enfim, volto para casa, para onde não queria voltar simplesmente por que não sei como me comportar nela diante de ausências.

Contraditório, não? O único lugar que posso ficar só sem ser incomodado é o que mais me incomoda.

Agora estou aqui absorto em tentar entender o valor de uma ausência. Que sentimento é esse? O que ele quer dizer? Por que me sinto paralisado diante dele?

O fato é que a ausência causa conflito interior e uma vontade imensa de completar de novo um espaço que ficou vazio e que só depois de deixado dessa forma é que conseguimos mensurar seu tamanho.

Sei que agora todos querem saber o que está ausente. Mas, sinto informar que há ausência de palavras e de verbos que permitam que eu possa conjugar qualquer expressão. Talvez eu arrisque balbuciar que há ausência de mim mesmo!

Desculpem os que, porventura, chegarem a ler este post. Mas ele foi a única forma que encontrei para "colocar para fora" isso que estou sentindo hoje. Não se preocupem, também. É apenas uma fase. Amanhã é um novo dia e certamente os afazeres profissionais tomam conta de qualquer espaço que possa estar vazio...

sábado, 22 de janeiro de 2011

Uma forma de ajudar as vítimas das chuvas no RJ

Nós brasileiros passamos as últimas semanas convivendo com o noticiário sobre a catástrofe causada pelas enchentes no Rio de Janeiro. Como nos é próprio, também, várias pessoas se mobilizaram em colaborar e, num espírito solidário, estão enviando todo tipo de ajuda financeira, comida, roupas e outras do gênero...

Mas, me chamou a atenção o comentário de um companheiro jornalista numa das listas de discussão que participo. Sabiamente ele sugere que uma das formas mais efetivas de ajudar, certamente, é pensar na política de habitação do País, que é mantida com recursos dos trabalhadores. O FGTS é o principal financiador habitacional. Ou seja, cada trabalhador que se submete a trabalhar sem carteira assinada está deixando de contribuir para que haja financiamento da Caixa para habitação.

Eis ai uma forma de ajudar e mais um motivo para reivindicar a regularização da situação trabalhista.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ano tecnológico

Como ainda estamos em janeiro e felicitando os amigos pelo ano novo, gostaria de compartilhar um texto do Juremir Machado que achei muito interessante e que dá o tom de como a tecnologia tem impactado a nossa vida.

O texto foi publicado no Correio do Povo no dia 27 de dezembro, mas é bem atual. Vale a pena a leitura. E, aproveitando, Feliz 2011 a tod@s.


Ano tecnológico

- Crédito: ARTE PEDRO LOBO

Crédito: ARTE PEDRO LOBO
Pode-se medir o avanço pessoal ao final de um ano pelo progresso espiritual ou pelo crescimento tecnológico. Faça o teste. Votou em Julian Assange ou em Mark Zuckerberg para homem de 2010? Em nenhum deles? Nem sequer conhece esses nomes? Se votou em Assange, está sintonizado com os leitores da Time. Se escolheu, Zuckerberg, está em sintonia com a própria Time. Se não os conhece, está fora do mundo. Tecnológico. Está no Facebook ou no Orkut? Se prefere o primeiro, está navegando na onda atual, seguindo a tendência. Se prefere o segundo, está com a maioria dos brasileiros internautas. Os adoradores do Facebook depreciam o Orkut dizendo que é rede social de pobre, rede de brasileiro.

Sabe a diferença entre mídias sociais e redes sociais? Entende de mídias locativas? Acaba de perguntar que troço é esse? Tem Twitter? Nunca foi retuitado? Recém chegou ao e-mail? Sente saudades do fax? Sabe a diferença entre iPade iPod? Possui os dois? Foi um dos primeiros a adquirir um iPhone 4? Conhece Flickr, Badoo, Quepasa, Mmyspace e Hi5? Se conhece todos esses, você é: a) um ser tecnológico por excelência, b) uma pessoa do presente e do futuro, c) um fanático por tecnologias sem nada para fazer na vida, d) um adolescente que certamente perdeu o ano escolar, e) um tio à procura de namorada. Se nunca usou nenhum deles, você é: a) uma pessoa muito ocupada, b) um alienado tecnológico, c) um dinossauro, d) um pai de família com várias pensões a pagar, e) um excluído.

A tecnologia é um sistema de hierarquia social. Ela divide os homens atualmente em dois grupos: os que fazem download e o que nem imaginam o que significa esse palavrão. Conta-se que uma avó muita severa mandou o neto lavar a boca com sabão ao ouvi-lo pronunciar, diante das visitas, a expressão "inclusão tecnológica". Em 2010, você se comportou como jovem ou velho, "tecnossauro" ou "tecno-rosa"? Se preferiu ver o último filme de Woody Allen e deixou de lado a rede social, você pode ser classificado como: a) um sujeito de bom gosto, b) um conhecedor de cinema, c) um nostálgico, d) um cara que gosta de ver todo ano o mesmo filme, e) um afetado. Há situações mais graves. Um exemplo. Sábado à noite, prefere ir ao cinema ou fica em casa para ver a novela? Depois do cinema, come pizza ou sonha com a sua cama?

Para saber qual a sua idade tecnológica, que pode ser inversamente proporcional à sua idade biológica, o teste mais simples é este: quando lhe falam de Internet, qual a sua resposta: a) as crianças é que entendem disso, b) já consigo mandar um e-mail, c) tenho mais o que fazer, d) estou namorando virtualmente, d) quem tem Orkut tem medo, e) não vivo sem meu laptop. Quem marcou a letra "a" anda pelos 70 anos, letra "b", 80 anos, letra "c", 90 anos, "d", 15 anos, "e", abaixo de 20 e acima de 80. Por fim, último teste. Na hora de fazer pedidos ao Papai Noel, mandou sua cartinha pelo correio ou por e-mail? Ou preferiu o Twitter? Tudo isso é inquietante. Não sei que conclusões tirar. Vi Woody Allen em "A Rede Social". Vi a novela e comi pizza. Sonhei com minha cama e ronquei.

Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br


Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=116&Numero=87&Caderno=0&Noticia=238705

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Se Einstein não poderia estar no topo, há algo errado

"Se Einstein não poderia estar no topo, há algo errado", a frase é de Miguel Nicolelis, um dos pesquisadores mais respeitados e influentes da Ciência Brasileira. Em entrevista ao Estadão, ele afirma isso e faz uma comparação para chegar a conclusão que se a referência da Ciência - Einsten - não poderia ser considerado um pesquisador de alto nível no Brasil, algo está errado.

Além dessa crítica à burocrática Ciência brasileira, a entrevista de Nicholelis, aborda bastante o que as interfaces cérebro-máquina devem proporcionar no futuro. Vale a pena ler a entrevista.

''Integração entre cérebro e máquinas vai influenciar evolução''

Para Nicolelis, corpo não vai mais limitar ação da mente sobre o mundo. Pesquisador também comenta os desafios impostos à ciência no País pela burocracia e desorganização